quarta-feira, 29 de abril de 2009

No âmbito da disciplina de Língua Portuguesa, Ana Beatriz, do 9º B, imaginou-se na nau capitaneada por Vasco da Gama a viver todas as emoções que antecederam a chegada à Índia e escreveu a seguinte página de diário:

Largo Oceano, 17 de Maio de 1498
Querido diário:

Hoje vivi grandes emoções. Quando estava perto da nossa terra tão desejada, a Índia, pensei que ia morrer antes de lá chegar.
Baco, Deus do vinho, muito adorado pelo povo da Índia, mas nosso «inimigo» nesta viagem e conquista, não queria que nós chegássemos à terra que ele julgava ser sua, pois se a alcançássemos, ele perderia a sua grandiosidade e glória, junto daquele povo. Mas nós estávamos dispostos a tudo para conseguir o nosso objectivo: chegar à Índia!
Eis como tudo se passou. Encontrávamo-nos entretidos com a história dos «Doze de Inglaterra», contada pelo nosso companheiro Fernão Veloso, quando, Neptuno, por ordem de Baco, desencadeou uma tempestade terrível para nos prejudicar. Os ventos, os mares, tudo concorria contra nós. O nosso Mestre dava-nos ordens: mandava recolher a grande vela, alijar tudo ao mar e dar à bomba. Todos estávamos atarefados a tentar salvar a nossa vida e a nossa missão. Todos tínhamos de fazer algo. Eu, pessoalmente, atirei a carga ao mar, para a nossa nau ficar mais leve, para que pudéssemos estabilizar. A nossa luta contra os ventos Noto , Austro, Bóreas e Áquilo era desigual. O nosso Vasco da Gama suplicou a Deus, à Divina Guarda, angélica, celeste, que nos ajudasse. Ele rezava, argumentando que era preferível uma morte heróica e conhecida em África a um naufrágio anónimo no alto mar e que a viagem era um serviço prestado a Deus.
Passado algum tempo, os ventos deixaram de soprar. A tempestade amainara, porque Vénus, nossa bela aliada, decide ajudar-nos, pedindo às ninfas amorosas que seduzam e encantem os ventos, para que estes fiquem sem forças. E isso aconteceu! Os ventos apaixonaram-se pelas sedutoras ninfas!
Foram momentos de aflição, de alvoroço, de medo de perder as vidas. Foram os momentos mais dolorosos da minha vida.
Finalmente conseguiremos alcançar a nossa terra tão desejada!

Da tua grata e feliz
Ana Beatriz Alves Vieira, 9º B, nº 1

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