quarta-feira, 17 de junho de 2009

Semana das Línguas

Com o objectivo de sensibilizar os alunos e alargar o seu conhecimento sobre os diferentes aspectos da língua, da cultura e da civilização portuguesa, inglesa e francesa decorreu na nossa escola de 1 a 5 de Junho a « Semana das Línguas ».
No dia 1 iniciou-se a decoração do espaço – átrio do pavilhão D – e a montagem da exposição alusiva ao Dia do Português, 2 de Junho; no dia 2 procedeu-se à decoração para o Dia do Inglês, 3 de Junho e; no dia seguinte, teve lugar a exposição dos materiais relativos ao Dia do Francês, 4 de Junho, de modo a que a exposição ficasse completa.
O espaço foi decorado com mapas, bandeiras, cartazes, postais, loiças, livros, fotografias, recortes de jornais e revistas, biografias de autores, trabalhos dos alunos, visionamento de pequenos filmes e documentários em CDROM, e outro material alusivo à geografia, à história e à cultura dos três países origem das línguas leccionadas neste Agrupamento.
Foi elaborada uma ementa tradicional de Portugal, de Inglaterra e de França para a cantina do Agrupamento nos dias 2, 3 e 4, respectivamente. No último dia, decorreu um lanche convívio onde os presentes puderam degustar algumas iguarias destes países.
Os objectivos desta actividade foram amplamente alcançados, uma vez que houve uma profícua articulação entre todos os docentes do Departamento de Línguas e os alunos contribuíram com muitos trabalhos e revelaram muita curiosidade e interesse, tendo visitado com muita assiduidade a exposição. A sua opinião acerca da exposição é muito positiva, como se pode ver no registo dos comentários escritos no livro branco. Os vários elementos do Departamento receberam elogios por parte da comunidade escolar pela forma como foi decorado o espaço e pela qualidade e variedade dos materiais utilizados na exposição.

A Coordenadora do Departamento de Línguas: Prof.ª Maria do Céu Fernandes

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Vencedor do Concurso Literário-2º Ciclo _ em Prosa

O TESOURO DO MEU AVÔ

Estava um belo dia de sol. As cerejas já estavam maduras e nós decidimos ir para a sombra da cerejeira.
-Olha que bonito dia de Verão!
-Ainda bem que já estamos de férias.
-Não sei o que vamos fazer nestas férias, as outras foram tão divertidas, tivemos aventuras esplêndidas! - continuámos ali deitados não sei por quanto tempo, até que adormeci. Quando acordei, o meu irmão já estava em cima da cerejeira a atirar-me com os caroços das cerejas.
-Está quieto que me aleijas!
-Olha está ali uma fenda na cerejeira e tem qualquer coisa lá dentro!
-Eu vou ajudar-te.
Depois de muito esforço lá conseguimos tirar da fenda uma velha lata cheia de ferrugem.
-É só uma velha lata ferrugenta.- dito isto atirámo-la ao chão.
Quando caiu, abriu-se. Saltámos os dois para baixo e corremos para ver o que era.
-É um mapa, é um mapa!
-Que é um mapa já sabemos, mas de onde é!
-E estas iniciais o que querem dizer? (J.A.Q)
-Não sei, não faço ideia alguma.
-Vamos começar do princípio.
-O Pai! Saberá?
Ansiosos, esperámos pelo pai até que chegasse do trabalho.
-Pai, pai, olha o que encontrámos.
-O que estão vocês a inventar desta vez?! - contámos-lhe a história e ele ficou admirado.
-Não faço nenhuma ideia do que será!
Ficámos desiludidos. Na hora do jantar disse o pai:
-Já sei o que poderão dizer as letras assinaladas no mapa, são as iniciais do nome do avô: J. de João, A. de Anes e Q. de Quintão.
-Boa pai, mas onde será esse lugar?
-Vamos dormir, talvez amanhã tenha novas ideias.
Na manhã seguinte, acordámos cedo e fomos para o quintal, para junto da cerejeira. Subimos para os seus ramos e abrimos o mapa.
-É um terreno amplo, só tem uma árvore, um muro e um poço.
-O avô já morreu há muitos anos, nem o pai se recorda bem dele! – de repente, fez-se luz na sua cabeça .
-Ora pensa bem, esta árvore já é centenária e no nosso quintal há um poço … -corremos para junto do poço com o mapa.
-O sinal no mapa é dentro do poço.
-Não queiras que eu entre dentro do poço por ser o mais pequeno.
-Vamos esperar pelo pai para lhe contarmos o que descobrimos.
Ficámos ali algum tempo até que o meu irmão disse:
-Olha! Ali aquele tijolo tem uma cor diferente e está mais saído!
-Vamos puxá-lo?
Quando o puxámos, os outros caíram abrindo assim uma espécie de janela pequena. Corremos para lá para ver o que havia lá dentro e ficamos estupefactos!
-Um pote!
-Tira-o, para ver o que tem! - tirámos a tampa e…
-Está cheio de moedas!
-São moedas com mais de duzentos anos.
-Olha para a data.
-São do tempo dos reis.
-O nosso avô tinha cá uma imaginação.
O pai chegou, nós contamos -lhe o sucedido.
-Meninos, isto tem um valor incalculável! O meu pai era um traquina como vocês.
E é esta a história do tesouro do meu avô.



José João Veiga Quintão, 5ºB -Nº15