segunda-feira, 15 de junho de 2009

Vencedor do Concurso Literário-2º Ciclo _ em Prosa

O TESOURO DO MEU AVÔ

Estava um belo dia de sol. As cerejas já estavam maduras e nós decidimos ir para a sombra da cerejeira.
-Olha que bonito dia de Verão!
-Ainda bem que já estamos de férias.
-Não sei o que vamos fazer nestas férias, as outras foram tão divertidas, tivemos aventuras esplêndidas! - continuámos ali deitados não sei por quanto tempo, até que adormeci. Quando acordei, o meu irmão já estava em cima da cerejeira a atirar-me com os caroços das cerejas.
-Está quieto que me aleijas!
-Olha está ali uma fenda na cerejeira e tem qualquer coisa lá dentro!
-Eu vou ajudar-te.
Depois de muito esforço lá conseguimos tirar da fenda uma velha lata cheia de ferrugem.
-É só uma velha lata ferrugenta.- dito isto atirámo-la ao chão.
Quando caiu, abriu-se. Saltámos os dois para baixo e corremos para ver o que era.
-É um mapa, é um mapa!
-Que é um mapa já sabemos, mas de onde é!
-E estas iniciais o que querem dizer? (J.A.Q)
-Não sei, não faço ideia alguma.
-Vamos começar do princípio.
-O Pai! Saberá?
Ansiosos, esperámos pelo pai até que chegasse do trabalho.
-Pai, pai, olha o que encontrámos.
-O que estão vocês a inventar desta vez?! - contámos-lhe a história e ele ficou admirado.
-Não faço nenhuma ideia do que será!
Ficámos desiludidos. Na hora do jantar disse o pai:
-Já sei o que poderão dizer as letras assinaladas no mapa, são as iniciais do nome do avô: J. de João, A. de Anes e Q. de Quintão.
-Boa pai, mas onde será esse lugar?
-Vamos dormir, talvez amanhã tenha novas ideias.
Na manhã seguinte, acordámos cedo e fomos para o quintal, para junto da cerejeira. Subimos para os seus ramos e abrimos o mapa.
-É um terreno amplo, só tem uma árvore, um muro e um poço.
-O avô já morreu há muitos anos, nem o pai se recorda bem dele! – de repente, fez-se luz na sua cabeça .
-Ora pensa bem, esta árvore já é centenária e no nosso quintal há um poço … -corremos para junto do poço com o mapa.
-O sinal no mapa é dentro do poço.
-Não queiras que eu entre dentro do poço por ser o mais pequeno.
-Vamos esperar pelo pai para lhe contarmos o que descobrimos.
Ficámos ali algum tempo até que o meu irmão disse:
-Olha! Ali aquele tijolo tem uma cor diferente e está mais saído!
-Vamos puxá-lo?
Quando o puxámos, os outros caíram abrindo assim uma espécie de janela pequena. Corremos para lá para ver o que havia lá dentro e ficamos estupefactos!
-Um pote!
-Tira-o, para ver o que tem! - tirámos a tampa e…
-Está cheio de moedas!
-São moedas com mais de duzentos anos.
-Olha para a data.
-São do tempo dos reis.
-O nosso avô tinha cá uma imaginação.
O pai chegou, nós contamos -lhe o sucedido.
-Meninos, isto tem um valor incalculável! O meu pai era um traquina como vocês.
E é esta a história do tesouro do meu avô.



José João Veiga Quintão, 5ºB -Nº15

1 comentário:

Paula Moreira disse...

Adorei o vosso blog, por favor continuem. Beijos Paula MOreira!!!