quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Concurso Literário de Prosa e Poesia- 2008/2009


vencedores

Prosa- 3º ciclo


O Homem e as suas conclusões

       Questionamos o homem pelas suas facetas imaturas, questionamos o homem pelas barbaridades que diz, questionamos o homem pelas suas incertezas, questionamos o homem por miragens excluídas...
      Na verdade, nem «o dono consegue o trono nem o controlo»! São muitos animais racionais e irracionais para controlar. São muitos aqueles que querem mandar!
É um mundo muito desigual. É um mundo que se assemelha a uma selva: são tantas as espécies que, às vezes, perde-se a conta.
O mundo não é feito por uma só pessoa, se esse fosse o caso a nossa existência não fazia sentido. Deixarmos o trabalho para uma só pessoa é um acto de irresponsabilidade e falta de respeito, tirando o facto de que «tudo a maneira de um só» torna-se deveras aborrecido.
      Aquilo que se impõe é que convivamos com todos e façamos um mundo de múltiplas cores e espécies. Todos devemos criar ligações, falar e dominar variados assuntos, tornar as pessoas mais civilizadas!
Solidão? Que palavra é essa? Isolar? Nem vou questionar-me sobre este vocábulo! Estas são duas palavras que, à partida, chocam e fazem pensar. É triste ver pessoas solitárias, isoladas em si mesmas. Sinceramente, qual é a piada de viver assim? Todavia, um ditado diz que «mais vale só que mal acompanhado». Ora vamos lá a refectir! É ponto assente que ninguém consegue conversar, brincar, rir, nem conviver sozinho. Temos de encontrar as pessoas certas com quem possamos estabelecer as nossas ligações. É um pouco difícil encontrar a dita «alma gémea», porque temos que admitir que é impossível encontrar uma pessoa igual à outra.
      O ser humano é tão estranho que, às vezes, até se assusta a ele mesmo. Se, por um lado, seria interessante que todos tivéssemos os mesmos defeitos e as mesmas qualidades, por outro lado, reinaria a monotonia. Em termos de Direitos Humanos, todos nascemos livres e iguais em dignidade e direitos e devíamos agir uns em relação aos outros com espírito de fraternidade. No entanto, todos os dias vemos essa dignidade e direitos a serem violados das mais variadas formas.
      Neste século tão avançado, vemos ainda inúmeras formas de escravidão camuflada, de distinção dos seres humanos pela raça, cor, sexo, religião, riqueza… o que é lamentável. Mas a lei da vida é assim e teremos que sobreviver conforme a vida nos trama.



Cristiana Monteiro, nº 6, 9º A

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