Uma alma perdida
Tu és uma frase banal escrita numa folha qualquer!
Não és a certeza, nem a razão do meu ser.
Não és mais que um pedaço de alma perdida!
Não és o sorriso que ilumina a minha vida.
És um vazio sem interesse de ser conhecido.
Um quadro passado que não quer ser remexido.
Não és causa da minha alegria nem da minha tristeza.
Talvez sejas uma ausência ou uma incerteza.
Não és um objectivo para alcançar,
muito menos o ar que hei-de respirar.
Tu não és um amigo nem um conhecido.
Não te transfiguras num desejo pedido.
Não és a razão da minha existência,
nem o alimento da minha sobrevivência.
Não és a escuridão nem a claridade.
És alguém que renega a felicidade.
Não és raiz quadrada em Matemática,
nem és realmente nada, na prática.
Não és adjectivo em Português,
nem vagar ou média rapidez.
És vida ingénua a crescer com prosa!
Não és cor vermelha nem cor-de-rosa.
Talvez o preto te caracterize melhor.
Jamais serás o mundo a meu redor!
Não me afectas com um gesto teu.
És um simples tu e eu um simples eu.
Apenas te recordo como alguém…
Eu não sei se te conheço do além
ou se apenas és uma leve miragem.
Sei que não és trem da minha aterragem!
Apenas sou uma vida e tu és outra.
És o cigarro que não toca na minha boca.
A droga que nunca injectarei no meu corpo.
És alguém sem rumo recto.
Não és um complemento directo,
nem um rei do século XIX.
Agora pergunto:
“ Quem és tu? “
Cristiana Monteiro, nº 6, 9ºA
A importância do ar para os seres vivos
Há 9 meses
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