quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Racism

Racism comes from minds of ignorant people! A lot of people in this world are not capable of living with other human beings with a different colour, or that are from other countries and have different cultures. More stupid is when they put apart people that have disabilities.
I really can’t understand why racism exists. Black people are just like us, equal to us, they have legs, arms, eyes, mouth, everything just like us! Is it because of their colour? Well, what is important is who they are on the inside, no what they look like on the outside, like the Portuguese say: “As aparências iludem” – the looks delude...
Now tell me why do we have to discriminate people that are from different places and live other cultures and traditions? In my idea, it is a way of learning different ways of living, things from different cultures from ours. So, let us take advantage and learn other things!
Even more stupid and that is very arrogant is when people put aside disabled people! They are the most special people of all.

We are all different, but all equal.

Forget the stupid arrogant minds and let change for a better world happen!





Trabalho realizado por: Cristiana Monteiro, nº 6, 9ºA

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Saudação da Coordenadora do Departamento

É com satisfação que assisto à criação deste blogue! Em primeiro lugar queria agradecer o trabalho e a dedicação das professoras que se empenharam na sua criação, em especial às professoras Sandra Sousa e Manuela Feijó. Mas também a todos quantos contribuam, daqui para a frente, para a sua dinamização, alunos e professores.
Neste espaço, os professores do Departamento de Línguas esperam poder contribuir para melhorar as aprendizagens dos alunos. Para isso, peço a todos que nos empenhemos desde já na dinamização deste projecto, porque como dizia Miguel Cervantes «Pela rua do já vou, chega-se à terra do nunca.».
Aos alunos desejo boas aprendizagens que contribuam para o seu sucesso escolar. Aos colegas bom trabalho e muita dedicação, apesar dos tempos conturbados .
A todos um abraço e até breve!

Maria do Céu ( professora de Língua Portuguesa - 3º ciclo)

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

A crítica social no «Auto da Barca do Inferno», de Gil Vicente


É a ti, aluno(a) do 9º ano, que é dirigido este post sobre aquele que foi considerado uma espécie de «bobo da corte» pela liberdade crítica que lhe foi tolerada.
«O Auto da Barca do Inferno» é um exemplo perfeito da sátira social de Gil Vicente aos costumes da sociedade portuguesa do século XVI, fazendo jus à fórmula latina « ridendo castigat mores » ( a rir corrigem-se os costumes). A sua crítica tem, pois, uma função moralizadora que, nesta peça, é facilmente detectada pelas réplicas contundentes do Anjo.
Gil Vicente fará alvos da sua crítica os poderosos, os materialistas e os corruptos. No entanto, em Gil Vicente não há só perversos. Nele encontramos também aqueles que não usam de malícia nos seus actos e falas como é o caso do Parvo e o caso dos Quatro Cavaleiros que são merecedores da paz eterna porque morreram nas cruzadas em defesa do Cristianismo.
Passando, agora, para um plano mais específico não podemos deixar de referir que a sátira vicentina abrange três classes sociais: Clero, Nobreza e Povo. As personagens criadas por Mestre Gil constituem tipos - sociais. O tipo mais frequentemente satirizado é o que representa o Clero da época. No «Auto da Barca do Inferno» este é corporizado na figura do Frade que aparecerá no cais acompanhado da sua moça Florença. Este frade canta e dança, dá lição de esgrima e acredita na sua salvação. De salientar que a Igreja como Instituição nunca foi atacada pelo nosso Mestre, mas as circunstâncias eram-no: a vida dissoluta que alguns levavam, a sedução pelo «metal luzente» e o facto de pensarem que a condição de sacerdotes os salvava. A Nobreza apresenta-se-nos decadente e ignorante. Os Fidalgos, embora «bem falantes», como é o caso de Anrique eram pobres de espírito, soberbos e autoritários. Gil Vicente criticava esta classe de forma acintosa porque o revoltava o facto destes tratarem os mais humildes de modo despótico.
Outros exploradores das camadas populares também foram criticados de maneira colossal: o Corregedor, o Procurador e o Onzeneiro que corporizam uma sociedade corrupta e materialista, em que reina a ganância, o suborno e a rapina com que os exploradores enchem os seus próprios bolsos.
Os artesãos também não escapam ao olho crítico de Gil Vicente. O Sapateiro que explorou os fregueses com o seu ofício durante trinta anos e pelo seu falso moralismo religioso também será condenado.
A Alcoviteira também não escapará do seu destino infernal pela prática de feitiçaria e prostituição.
O Povo é representado pelo Enforcado, o Judeu, o Pajem do Fidalgo, a Florença e as «moças» da Alcoviteira. Estes constituem-se mais como objectos dos poderosos do que propriamente como pessoas.
Como vês, a sátira social em Gil Vicente é vastíssima. Muito haveria a aditar, mas, para isso, viaja na obra deste grande marco da nossa literatura e encontra a tua própria leitura uma vez que «a cultura nunca será apenas algo que se transmite. É também algo que se desenvolve!»


Prof.ª Anabela Gonçalves (Língua Portuguesa - 3º Ciclo)